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quinta-feira, 2 de junho de 2011

Sociedade Hipócrita (Nosso Egoísmo)

Por quê estamos sempre a reclamar, insatisfeitos, incompletos, insaciáveis?.
Sabe, outro dia a caminhar, estive observando o caminho por onde andava e pesando o quanto somos egoístas, insensíveis e às vezes inconseqüentes. Isso mesmo, fazemos as coisas a nosso bel prazer, e raramente nos preocupamos com as conseqüências dos nossos atos. Quantas vezes já paramos para olhar e refletir sobre o que acontece ao nosso lado, bem ali ao alcance das vistas.- Poucas é a resposta-. Estamos sempre reclamando e buscando justificar o injustificável, de fato olhamos, enxergamos, mas não doamos um pouco de nós mesmo como contribuição para a resolução dos problemas que vivenciamos e testemunhamos, portanto, embora com visão, continuamos cegos.
Nesse contexto, na verdade, queremos mesmo que alguém encontre uma solução, mas, via de regra não contribuímos, se possível dela queremos tirar proveito. O crescimento da desigualdade também sofre essas conseqüências, veja que quem ascende ao poder, recitou, utilizou, tripudiou usando como tema os problemas sociais, mas raramente encontramos alguém que esteja disposto a resolvê-los, ao contrário, também querem ganhar com eles. No fim, tripudiam com a boa-fé dos incautos.
Muitos reclamam por haver comido apenas um pão no café da manhã, ah!!!!, só um copo com leite!!!, ou um bife no almoço!!!, não quer comer no jantar sobras da mesma comida servida no almoço. Aquelas roupas não servem mais (embora semi-novas) para ir a lugar algum, pois seus colegas já o viram com elas. Certo, tudo bem, também não quer dividir seu quarto com seu irmão, quer um só pra você, ora, já não suporta mais seus irmãos chatos, intoleráveis. Não, não aceita dividir seu espaço, exige privacidade, ah!!! Eles mexem em suas coisas. Esta chateado porque sua mãe demorou um pouco mais para apanhá-lo na porta da escola. É você pensa que realmente tem problemas, motivos e razão para reclamar de tudo.
Sabe!!! Eu lhe pergunto, faz idéia ou imagina ao menos de longe quantas pessoas querem apenas um pedaço de pão e um pouco de café com leite para amenizar um pouco a fome que sentiu por toda a noite? . Não ter o prazer de ter um pouco de comida no horário de almoço. Não!!!, você não sabe!!!. Alguns menos favorecidos precisam de sorte para fazer uma refeição ao dia, outros, mesmo trabalhando de sol a sol não conseguem ganhar o suficiente para cear uma refeição digna com sua família. Também tem aqueles que não tem o prazer de trocar de roupa todos os dias, pois, lhe falta o mínimo. UM desafio, pare, pense  e reflita.
Segundo a ONU, milhões de pessoas passam fome no mundo (embora alguns países sejam tão ricos) e dessas milhares morrem diariamente por falta de alimento e a situação deve piorar nos próximos anos.
Talvez não saiba quantos desejam ter um teto, um barraco qualquer, para descansar depois de um fatigante dia de trabalho, para sentir o prazer de uma boa noite de sono e não passar mais uma noite ao sabor da intempéries naturais impostas pelo relento da noite. Outros além de não não ter o teto se quer tem um cobertor para se cobrir, e muitas vezes acorda do seu pesadelo cotidiano açoitado pelo frio e a fome. É fácil verificar, você não viu ou não quis enxergar, esta aí para todos nós vermos. Mas tu que se esconde por trás da hipocrisia e com o cobertor da ambição ou mesmo pelo descaso social, não é capaz de mensurar a profundidade das palavras fome, necessidade e desespero.
Ledo engano, você pensa que realmente tem motivos para reclamar de tudo e de todos, mas certamente não se da o trabalho de olhar ao seu redor, é preciso olhar, enxergar e sentir, depois compreender que são pessoas como você que estão a mercê do tempo e da sorte. Não busquemos um culpado, é melhor buscarmos a consciência, ela sim, pode nos dizer o que cada um de nós estamos fazendo para retribuir o que nos foi dado, ou o que podemos fazer para minorar a situação crítica dos mais necessitados.
A Pergunta insiste em não querer calar, se lembra quando passeava e passando pela calçada nem se quer notou aquele pedinte todo sujo, exalando mal cheio por falta de higiene, dentes quebrados, roupas em trapos, pés descalços (acontece todo dia, basta reparar). Andando um pouco mais será que viu aquele senhor que revirava um tambor de lixo e ao lado seus filhinhos aguardavam ávidos que algo de “comer” fosse encontrado? não percebeu que dali retirava instintivamente sobras de alimentos e numa ação automática (às vezes irracional) fazia ali, ele e seus filhos talvez a única refeição do dia.
Como somos egoístas, não quero acreditar, mas é real, a grande maioria age assim, não querem enxergar um palmo à frente do nariz, só vêem mesmo aquilo que querem ver, mas não o que efetivamente está `a frente de seus olhos. Não nos interessa, não queremos misturar, somos diferentes, somos maiores, superiores é assim que pensamos, além do mais o que temos com isso, que outros ajudem, eu estou fora. É assim que a maioria pensa e se comporta. A nossa postura denota que somos ainda mais pobres do que eles. Porque eles carregam a pobreza material, nós a pobreza moral e espiritual.
Penso que é preciso repensarmos nossos valores, quem somos, para que servimos, qual é a nossa contribuição para o relacionamento pessoa a pessoa, pessoa a família e pessoa sociedade, “que sociedade”?, nada vejo que possa nos inserir no contexto de sociedade, estamos alienados ao nosso mundo, é forçoso mas temos que admitir. Portanto, estamos longe da mais elementar definição de sociedade. Esta, compreende no minimo um conjunto de pessoas iguais em direitos e deveres. Esse comportamento de exclusão é irônico, contraditório e ultrajante, nada que possa nos dar orgulho, antes devemos ter vergonha. Eis que também somos culpados pela indignidade em que vivem nossos co - irmãos.
Será que essas pessoas que vivem nessas condições escolheram ou pediram para viver assim, ter uma vida de humilhação, sofrida, castigada, desprezada, humilhada, discriminada, e tantos outros adjetivos negativos?. Acho que não, prefiro pensar que o descaso individual e coletivo, as injustiças, a falta de vontade humana e política, a descendência da árvore genealógica (em que o poder e riqueza perpetuam em uma mesma casta por séculos) e, sobretudo, o espirito fraterno, somados o real ao irreal para se chegar ao ideal, criaram um quadro absolutamente reprovável quanto a visão humana sobre a ótica da vida.
A hipocrisia está no lugar mais alto, lá nos palanques, em discursos efusivos, enérgicos, floreados, regados a aplausos e bajulações, mas quase sempre desprovidos de qualquer utilidade pratica. Acostumamos com as falácias utópicas, vez por outra acreditamos que de fato eles os (discursadores - oradores) irão efetivamente cumprirem as promessas permeadas de oralidade enloquente, mas ao final de mais um mandato continuamos frustrados. Malgrado, que só nos resta o óbvio, deixam o mandato mais ricos do que começaram e sempre encontram um meio para continuar sugando nas tetas do erário.
Façamos um trato, assumamos que erramos e de hoje em diante cada um de nós faremos a nossa cota/parte, quem puder gritar que grite, quem achar melhor faça calado, mas faça. Por exemplo, propondo iniciativas que acuda aquele que já não tem a quem recorrer. Um bom ponto de partida seria a indisponibilidade dos bens, a favor de programas assistenciais (casa de apoio, profissionalizante, instituição de saúde, etc) dos políticos que forem apanhados furtando o dinheiro público, que é nosso. Nós os cidadãos e as pessoas jurídicas somos a única fonte de recurso do Estado. Então que tome dos corruptos e devolva ao povo o que dele foi tirado, por que o Brasil só está nessa situação em razão dos longos anos de sangria que vem sofrendo.
Aqui não desejamos os contornos  um discurso moralista, mas é preciso ferir o brio daqueles  que estão com as redeas nas mãos, eles não podem e nem devemos aceitar que levem o país aos caos.
Para finalizar, Anunciar a idéia de respeito ao próximo e ajuda mútua, já é um bom começo, sem demagogia é ainda melhor. Deixemos de ser essa sociedade hipócrita.

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