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segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Pesquisa confirma: homens traem mais que as mulheres

Uma pesquisa da Universidade Federal do Rio de Janeiro aponta que 60% dos homens confessam a traição contra 47% das mulheres. Esses dados são o resultado de um estudo que vem sendo feito desde 1989 por Mirian Goldenberg, professora do departamento de Antropologia Cultural do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais.
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Uma das conclusões da pesquisa é como a cultura brasileira valoriza a sexualidade masculina e reprime a feminina. Apesar das mudanças na sociedade, as mulheres são muito mais controladas em sua sexualidade. "A mulher não possui tantas opções de escolha quanto o homem", diz a professora em entrevista ao Terra.

No entanto, não há como negar que as mulheres traem mais hoje do que há vinte anos. "Isso acontece porque elas são mais livres, mais independentes, exigem mais dos seus parceiros, não aceitam relações de subordinação ou casamentos insatisfatórios. O grande problema para os homens é que as mulheres 'cobram' demais. Se eles não as satisfazem, elas buscam outros parceiros para realizar seus desejos", diz Mirian.

Mas, para quem acredita que os pensamentos e atitudes das mulheres estão se aproximando cada vez mais da forma de agir dos homens, saiba que está enganado. A traição feminina é acompanhada de muito sofrimento porque as mulheres, geralmente, não querem se dividir entre dois amores, ao contrário dos homens que admitem poder administrar dois relacionamentos simultaneamente.

"A mulher quer tudo em um homem só: companheirismo, carinho, sexo; já o homem não vê tantos problemas em se dividir entre duas mulheres: uma é a dona de casa, a mãe de seus filhos, e a outra é a parceira na cama", define a professora.

Velho discurso masculino
Para não se restringir apenas ao mundo acadêmico, Mirian Goldenberg publicou o livro Infiel: Notas de uma Antropóloga, baseado em seus estudos de casos de traição.
O objetivo da pesquisa foi comparar as diferenças dos discursos masculinos e femininos sobre a mesma situação. Mirian entrevistou 1.279 homens e mulheres de áreas urbanas do Rio de Janeiro. A professora se baseou ainda em reportagens de revistas e jornais sobre infidelidade e sexualidade.

"A principal diferença de como homens e mulheres encaram a traição é que os homens colocam a culpa na sua própria natureza, já as mulheres colocam a culpa nos maridos, elas traem quando estão insatisfeitas com o casamento ou para vingar uma infidelidade", afirma a autora. "Ou seja, o homem é sempre o culpado, tanto quando trai como quando é traído."

"As diferenças entre os gêneros estão diminuindo, mas a cultura brasileira ainda privilegia muito os homens e, por outro lado, as mulheres continuam se fazendo de vítimas, mesmo quando não são", conclui.

O grande trunfo do livro, segundo Mirian, é que por meio dos casos, a leitora irá perceber que seus comportamentos não são apenas individuais, eles são regidos também pela nossa cultura. "A traição não é um problema individual."

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